João Paulo Loureiro, o arquitecto das formas majestosas

Rita Gouveia (homify) Rita Gouveia (homify)
Duas casas em Monção, JPL Arquitecto JPL Arquitecto Modern houses
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João Paulo Loureiro é um arquitecto portuense com atelier estabelecido em Matosinhos onde desenvolve a sua prática profissional desde 2001. Formado em Arquitectura entre 1988 e 1994 pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, João adquiriu prévia experiência profissional no atelier do também portuense, arquitecto Alcino Soutinho, entre 1993 e 2001, onde desenvolveu alguns trabalhos em co-autoria com Andrea Soutinho. Finda essa colaboração em 2001 decide então abrir atelier em nome próprio na mesma cidade. João Paulo tem sido distinguido ao longo dos anos com prémios de valor reconhecido como é o caso do segundo lugar conseguido no Prémio Ibérico Menhir, a menção honrosa no prémio PAUMA em 2007 ou da obra seleccionada para o prémio FAD em 2014. A juntar-se a isso a sua obra tem sido ainda referenciada em publicações da especialidade como é o caso da italiana Casabella, da Mark, da Wallpaper ou da plataforma Archdaily; todas elas testemunhando e certificando o valor da sua obra. 

Relativamente aos seus projectos que se desenvolvem em diferentes escalas, estes incluem sobretudo moradias unifamiliares, blocos de apartamentos, conjuntos residenciais, residências para estudantes, ampliações e remodelações de edifícios, planos urbanísticos, complexos desportivos, concursos, entre outros. Neste artigo terá a oportunidade de conhecer em melhor detalhe aquele que é talvez o seu projecto mais mediático, o de duas casas em Monção.

O projecto habitacional em Monção previu a implantação de um conjunto de duas moradias, para pai e filho respectivamente. Emergidas numa fantástica paisagem minhota, verdejante e ao mesmo tempo abundante em espécies e em coloridos, as duas casas foram projectadas pelo arquitecto por altura de 2013.

Grandes volumes de linhas simplificadas e contemporâneas irrompem na paisagem, majestosas e elegantes, onde o que se avista além muros é o rio Minho.

Uma poderosa escadaria circular faz a ligação entre os dois níveis da moradia separando os vários momentos de ambas as casas. A delicadeza empregue nas linhas e formas arquitectónicas e por antítese aquela que foi aplicada aos materiais: o betão armado, a pedra da região, o vidro e o ferro. Materiais de força, consistência e durabilidade que quando articulados ao conceito e estética do projecto resultam maravilhosamente bem. Características que também evidenciam a relação entre técnicas construtivas tradicionais com aquelas de carácter contemporâneo. 

Os interiores do complexo habitacional foram pensados de uma forma fluída e aberta ao exterior, numa relação que se quis o mais directa possível. Todos os detalhes arquitectónicos, foram pensado pelo arquitecto, usando os recursos locais como a madeira de pinho ou a pedra. Na imagem ao lado é possível observarmos um amplo espaço que pode ser utilizado de um sem número de formas, quer seja para sala de estar, de jantar, o outra.. Um espaço fabuloso!

Nesta imagem vemos outra perspectiva daquela que parece ser a sala de estar. Sublime linguagem geométrica, que se apresenta leve e requintada em todo este ambiente e se relaciona uma vez mais com a sinuosidade da paisagem exterior. 

A forma e o carácter tectónico do edifício unidos, permitem a inserção perfeita na paisagem, fazendo com que o edifício não só se relacione com ela, mas que faça parte dela, um pouco a lembrar a arquitectura orgânica de Frank Lloyd Wright. É um conjunto arquitectónico sem dúvida camuflado na perfeição no terreno envolvente, que foi mantido inalterado.

Não só de moradias se formula o conjunto de obras de João Paulo Loureiro, o arquitecto também tem estado envolvido em projectos de restaurantes, blocos habitacionais, fábrica, quintas, ou edifícios de escritórios; a maior parte na zona norte do País e seguindo uma estética muito coerente e marcante, transversal a todos eles.

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